Comportamento nos processos seletivos
15/07/2010 21:15As empresas buscam, em suas seleções de colaboradores, focar na redução de subjetividade e ter ações alinhadas com os objetivos organizacionais. A entrevista comportamental, com foco em competências, é bastante utilizada nos processos das mais variadas corporações. Ela se tornou constantemente aplicada pois é uma espécie de investigação de aptidões no repertório comportamental do avaliado.
De maneira geral, as companhias procuram pessoas com foco em resultados e clientes, e com visão sistêmica. O comprometimento, comunicação e trabalho em equipe também são competências essenciais e, para identificá-las, é preciso investigar as condutas dos candidatos. O princípio da entrevista comportamental é a investigação de um comportamento que ocorreu anteriormente. Muitas das ações e reações passadas predizem outras que podem ainda acontecer, porque tendem a ser repetitivas. Significa que, sempre que o candidato for exposto a uma situação no futuro de algo que já ocorreu, provavelmente, a maneira de reagir será a mesma ou bem similar.
“O princípio dessa entrevista é nunca fazer perguntas no futuro como ‘de que maneira você faria ou agiria?’”, aponta Rogerio Leme, diretor executivo da Leme Consultoria e autor da Metodologia do Inventário Comportamental para Mapeamento de Competências. Para Leme, uma entrevista apenas situacional conduz o candidato a responder com base em circunstâncias hipotéticas e, enquanto que em entrevistas comportamentais, as questões são da natureza “como você fez ou agiu?”, que transportam à realidade. “É importante localizar no candidato o comportamento, e não a competência em si, pois o conjunto de comportamentos é o significado de uma competência”, completa.
Benefícios
Já para as organizações, os ganhos são inúmeros: redução da subjetividade na contratação e maior assertividade na seleção - que indiretamente vai influenciar na redução de rotatividade -, alinhamento entre interesses pessoais e organizacionais (missão, valores e cultura), e economia no investimento em treinamentos, proporcionando maior possibilidade para o desenvolvimento dos colaboradores. De acordo com Rogerio, se for contratado um funcionário de maneira errada, é necessário aplicação de treinamentos para corrigir alguma necessidade. “Diferente do desenvolvimento, que promove a evolução do profissional”, finaliza.
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso
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